domingo, 17 de abril de 2011

A Espera Por Alice

Corra, pequena desencantada!
Corra pelo mundo a espalhar pólen em prédios,
A escrever poesias, em vez de prescrever remédios,
A procurar coelhos num mundo sem maravilhas.

Corra, boneca mecânica!
Antes que lhe vistam softwares, em vez de roupas
Antes que o cavalo de Troia seja o presente da sua inocência.
Corra com o sangue que lhe percorre as veias. Corra!

Corra, pequena, e me abrace!
Que em mim ainda há mundo humano,
Roupas, e sangue nas veias correndo.
Que ainda falo com o olhar
E com eles ainda lhe peço:
Menina, corra!