quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Siga

Segue, Segue o rumo
Sem prumo, eu assumo,
Segue o rumo.
Segue, segue a vida,
Comprida, Cumprida,
Comprimida.
Segue, segue o barco,
Segue Baco
Meus abraços.
Segue, segue ligeiro,
Sorrateiro ou faceiro,
Segue primeiro.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Carta de Despedida APP

          Dia 13 de junho de 2011 foi um dia do qual esperávamos muitas coisas. Finalmente a fase teórica tinha acabado, 4 meses sentados na sala de aula durante 8 horas seguidas. Uns ansiavam pela prática dizendo “tenho certeza de que vou me sair bem melhor que na teoria”, outros a temiam pensando “será que eu vou dar conta daquilo?” (e eu já vou logo me incluindo no segundo grupo). Em uma coisa todos concordavam ‘a gente finalmente iria entender o que era o Controle de Tráfego Aéreo’!!!

         Aqueles que chegaram pontualmente naquele dia encontraram um amontoado de instrutor como nunca se viu igual... um bando de gente! (Enquanto isso, eu seguia desmaiada pelas ruas do CTA...)

         Bem, o estranhamento foi das duas partes, acredito! De um lado a gente olhava um monte de instrutores diferentes, com sotaques diferentes, preocupados com um monte de coisas das quais nós não fazíamos a menor ideia ... Do outro lado, vocês olhavam, cautelosos, pra um bando de gente esquisita, e claramente ansiosa pra se achar naquela conversa toda.

          Ah, mas o estranhamento foi apenas momentâneo... bastou meia dúzia de brincadeiras e sorrisos e nós já éramos íntimos há décadas!

          Na Torre tudo era alegria! Uma preocupaçãozinha aqui, outra ali, mas nada que um churrasco semanal não apagasse num instante. Tivemos, nesse período já tão saudoso, boa parte dos grandes momentos que levaremos de São José dos Campos para as nossas vidas. E eu me lembro de cada um deles como se tivessem acabado de acontecer! Ai, ai... Chega a doer no peito pensar que eles agora são realmente só lembranças!

          Cada brincadeira, cada apelido, cada discordância da ICA... cada um de vocês... cada um de nós... foi algo que só aconteceu uma vez, que só aconteceu com essa turma, que só aconteceu com esses instrutores. Nossos momentos foram únicos, e única será a saudade que vai ficar no coração de todos nós!

          O grande prêmio que a turma 2 recebeu do ICEA foi poder desfrutar da companhia de vocês não só na Torre, mas no APP também!

          Como já esperado pela turma, o Controle de Aproximação foi o momento mais difícil e tenso do curso até agora. Nós sofríamos de um lado, vocês sofriam do outro. A gente estudava até de madrugada, vocês ficavam até tarde preparando material e pensando em como facilitar nosso entendimento e aprendizado. A boa notícia é que apesar dos percalços, tudo isso funcionou e hoje estamos aqui, com mais uma fase concluída: vocês voltando para a casa com a certeza do dever cumprido e nós aliviados com o final da fase mais complexa do curso.

         Se vocês pudessem ficar pro ACC, e podem ter certeza de que gostaríamos disso, eu vejo agora: seria apenas tornar tardia, porém maior a nossa tristeza de vê-los partir. É inevitável que se dê o último adeus, que se dê o último abraço, que se diga pela última vez que gostamos demais de vocês, porque, apesar do vazio que vai ficar, hoje é o último dia no qual nos dirigimos a vocês como nossos instrutores...

          Ah, mas não quero ver ninguém triste aqui, não! Vocês não serão mais nossos instrutores, mas isso não importa, porque PRA SEMPRE vocês serão nossos AMIGOS! Cada um com seu jeitinho, cada um com sua peculiaridade, sua opinião... cada um com seu cada um. E nós, eternamente gratos a cada um de vocês!

          Espero que vocês tenham boas lembranças para levar daqui, assim como foram boas as que vocês deixaram pra gente.

                                                                                                               ATM 005 turma 02/2011

(Assista ao vídeo de despedida TWR/APP)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma Flor, Um Coração e Uma Metáfora

Um bem-me-quer que se faça com os dedos
Não sabe do bem que se quer de verdade,
Só o coração despetalando a flor
Lhe conhece a dor dos pedaços que caem.
Coração não é músculo, é metáfora
E o bem que quero também é mais figura que palavra.
Os dedos que lançam as pétalas
São só articulações desarticuladas
A flor que se surge mutilada
É mais inteira que o era antes da mácula. 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pena

Que pena que eu sou só mais alguém
Que pena que nada em mim seja diferente ou mereça destaque
Que pena por ter pena de mim.
Nasci como todos, tive os sonhos todos
E sou só mais uma entre as pessoas comuns.
Nada em mim é tão especial que se valha a pena falar
E não falarei sobre isso.
Que pena que minha criatividade é tão limitada
Que se restrinja só a essas linhas num blog.


domingo, 17 de abril de 2011

A Espera Por Alice

Corra, pequena desencantada!
Corra pelo mundo a espalhar pólen em prédios,
A escrever poesias, em vez de prescrever remédios,
A procurar coelhos num mundo sem maravilhas.

Corra, boneca mecânica!
Antes que lhe vistam softwares, em vez de roupas
Antes que o cavalo de Troia seja o presente da sua inocência.
Corra com o sangue que lhe percorre as veias. Corra!

Corra, pequena, e me abrace!
Que em mim ainda há mundo humano,
Roupas, e sangue nas veias correndo.
Que ainda falo com o olhar
E com eles ainda lhe peço:
Menina, corra!


domingo, 13 de março de 2011

Perdida de Mim

Perguntei sobre eu para mim
E não soube mais dizer quem eu era
Um traço ou outro ainda se assemelhavam ao que fui
Mas a maquiagem me tornava quase irreconhecível.
Tive a vontade de quebrar o espelho e remontá-lo
Mas ele era só um reflexo
De uma imagem distorcida e disforme,
Então não o quebrei.
Decidi lavar os olhos
E com as vistas embaçadas da água
Enxerguei o brilho da retina
Que permanecia o mesmo de antes.
Meu nome era o mesmo, minha cor era a mesma,
O brilho na retina era o mesmo,
Mas eu não era eu mesma.
Quem eu era? Eu tentava me lembrar.
Flashes de inlucidez ofuscavam minha memória
Eu quis fugir de mim pra bem longe dali,
Mas eu nem sabia onde estava
(Não fisicamente, mas onde eu tinha me permitido chegar).
Cansei de mim e me sentei no chão.
Eu era só desconhecimento e ranço,
E gritei sem voz meu nome
Pra que ele soasse bem alto na minha mente
E pra que eu retomasse o controle sobre ela.
Tudo começou a girar, a girar, a girar
E os flashes se tornando mais freqüentes,
E a inlucidez doendo nos olhos.
A retina dilatada e o brilho que crescia nela
Me cegavam por dentro
A ponto de eu ver nitidamente
A maquiagem sendo absorvida pela minha pele.
Segurando em qualquer apoio de mim,
Levantei e sequei os olhos.
Eu me vi ali, bem ali, no lugar em que estive sempre
E em que tinha me esquecido de ser e de estar,
Eu ali, bem ali, eu.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Dança Comigo

Dança a dança do corpo
Demente no ritmo fluindo
Dança a dança da alma
Pegando de lado
Andando de leve
Fluindo
Dança a dança que danço
Passo o passo e passo
Me puxa de lado subindo, descendo,
Crescendo, caindo,
Pegando, soltando,
Fluindo.