Um bem-me-quer que se faça com os dedos
Não sabe do bem que se quer de verdade,
Só o coração despetalando a flor
Lhe conhece a dor dos pedaços que caem.
Coração não é músculo, é metáfora
E o bem que quero também é mais figura que palavra.
Os dedos que lançam as pétalas
São só articulações desarticuladas
A flor que se surge mutilada
É mais inteira que o era antes da mácula.
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