domingo, 19 de agosto de 2012

Paradoxal

Experimento a poesia
Como experimento a vida.
Elas mudam de tom,
Mudam de ritmo,
Sem mudar nada.
Tornam-se diferente a cada nova experiência.
Hoje sou outra da que fui ontem
E minha poesia já não possui
A rima e a cadência de outrora.
Uma nova necessidade,
Uma nova perspectiva
E me torno minha poesia.
Não sou eu que a mudo,
Mas ela que me reconstrói sempre.
Capta de mim o extravagante
E o reorganiza em verso.
Não, não sou diferente do que já fui!
Sou igual àquilo que ela exige de mim.
Sou gente e por isso não sou nada.
Só existo nela
E ela através de mim
Me torna viva.